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Lúcio Albuquerque, repórter
AUTOCRÍTICA
Cobrar ética a jogador de futebol é coisa de quem não quer ir a lugar algum. Lembram do gol de mão do Maradona? Daquele outro num jogo que classificou - com gol de mão - a França para uma Copa? Isso veio quando assisti entrevista do atacante Jô, do Corintians, sobre ter ficado empatado na artilharia do Brasileirão com o Henrique Dourado, do Fluminense. "Grande parte dos gols dele foram de pênalti", disse Jô. Mas é melhor que tenham sido de pênalti, onde as chances de errar são grandes, do que fazer gol com a mão, como Jô fez contra o Vasco.
ETERNOS INSATISFEITOS
Há os que reclamam de tudo. Outro dia um camarada que várias vezes reclamou que o calor estava demais. Neste domingo o mesmo cara vem reclamar que "está chovendo muito". Ele é do time dos "eternos insatisfeitos", e pelo visto tem muita por aí que também "veste essa camisa".
ASSEMBLEIA
Não. Nem sindical nem política. Ontem foi dia de assembleia pastoral na paróquia Sagrada Família, no Bairro Embratel, de onde saíram propostas para a atuação da comunidade liderada pelo padre Geraldo.
ACLER
O presidente da Academia de Letras de Rondônia, o poeta Pedro Albino, está convocando os membros para a eleição da diretoria da ACLER - biênio 2018/2019, nesta quinta-feira,14, no auditório da Biblioteca Francisco Meirelles, no horário das 19 às 20:30 Hs.
NOVO LIVRO
Decano da Imprensa amazônica, com mais de 60 anos de caminhada - será que é decano do Brasil? - o jornalista Euro Tourinho está preparando um livro sobre a caminhada centenária do jornal Alto Madeira, contando principalmente os bastidores do diário cuja última edição foi dia 1 de outubro.
VICE - GOVERNADOR?
Tem muito gene por aí apostando que o professor Daniel Pereira, atual vice-governador do Estado, está pronto para disputar o governo ano que vem.
NO FAROESTE DO INÍCIO DOS TEMPOS
Era novembro de 1975. Até
Vilhena fui de avião, um monomotor alugado pelo jornal, mas como queria
conhecer melhor a terra e sua gente, o contrato foi só até lá. Na volta, para
Porto Velho, ônibus. E foi quando eu entendi que aquela gente que vinha sabe
Deus como, e que desafiava tudo para fazer o que somos hoje, tinha muitas
histórias para contar.
O
ônibus estava lotado e sempre entrava mais gente. Buracos, lama, janelas
abertas para ventilar e encher os pulmões de poeira ou respingos dos atoleiros,
Pimenta Bueno até que já tinha alguma estrutura, mas Cacoal era apenas um lugarejo que até pouco tempo era chamada "Nova Cassilândia". Em
Presidente Médici, que os moradores de Vila Rondônia (Ji-Paraná) chamavam
pejorativamente de “pela jegue”, o ônibus parou na “rodoviária”, em realidade
um boteco e de repente me vi em pleno far west.
Dois
camaradas chegaram montados a cavalo, ambos com revólveres nas cintas,
chapelões, botas com esporas, amarraram os animais num poste ali em frente,
entraram e ficaram bebericando. Pela reação das pessoas os caras deveriam ter
fama, porque muitos arredaram para o lado para eles chegarem ao balcão.
Creio
que o motorista – àquela altura era a Viação Mota – entendeu que o melhor era
cair fora, entrou no ônibus, buzinou, acelerou e em menos de um minuto quase
uma centena de passageiros já estavam “acomodados”.
Talvez
ele tenha pensado dentro da ilógica de que “mais vale um covarde vivo do que um
herói morto”. E vamos para Vila Rondônia, quase três horas nos 35 quilômetros .
(Uma das histórias do meu livro "A Cesta Página de um repórter de província" que deve ir para a gráfica ainda este mês)
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