domingo, 10 de dezembro de 2017

CONTA GOTAS
10 12 17

Lúcio Albuquerque, repórter

AUTOCRÍTICA
Cobrar ética a jogador de futebol é coisa de quem não  quer ir a lugar algum. Lembram do gol de mão do Maradona? Daquele outro num jogo que classificou - com  gol de mão - a França para uma Copa? Isso veio quando assisti entrevista do atacante Jô, do Corintians, sobre ter ficado empatado na artilharia do Brasileirão com o Henrique Dourado, do Fluminense. "Grande parte dos gols dele foram de pênalti", disse Jô. Mas é melhor que tenham sido de pênalti, onde as chances de errar são grandes, do que fazer gol com a mão, como Jô fez contra o Vasco.

ETERNOS INSATISFEITOS

Há os que reclamam de tudo. Outro dia um camarada que várias vezes reclamou que o calor estava demais. Neste domingo o mesmo cara vem reclamar que "está chovendo muito". Ele é do time dos "eternos insatisfeitos", e pelo visto tem muita por aí que também "veste essa camisa".

ASSEMBLEIA
Não. Nem sindical nem política. Ontem foi dia de assembleia pastoral na paróquia Sagrada Família, no Bairro Embratel, de onde saíram propostas para a atuação da comunidade liderada pelo padre Geraldo. 

ACLER
O presidente da Academia de Letras de Rondônia, o poeta Pedro Albino, está convocando os membros para a eleição da diretoria da ACLER - biênio 2018/2019, nesta quinta-feira,14, no auditório da Biblioteca Francisco Meirelles, no horário das 19 às 20:30 Hs.

NOVO LIVRO 
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Decano da Imprensa amazônica, com mais de 60 anos de caminhada - será que é decano do Brasil? - o jornalista Euro Tourinho está preparando um livro sobre a caminhada centenária do jornal Alto Madeira, contando principalmente os bastidores do diário  cuja última edição foi dia 1 de outubro.

VICE - GOVERNADOR?
Tem muito gene por aí apostando que o professor Daniel Pereira, atual vice-governador do Estado, está pronto para disputar o governo ano que vem. 

NO FAROESTE DO INÍCIO DOS TEMPOS
            
Era novembro de 1975. Até Vilhena fui de avião, um monomotor alugado pelo jornal, mas como queria conhecer melhor a terra e sua gente, o contrato foi só até lá. Na volta, para Porto Velho, ônibus. E foi quando eu entendi que aquela gente que vinha sabe Deus como, e que desafiava tudo para fazer o que somos hoje, tinha muitas histórias para contar.
            O ônibus estava lotado e sempre entrava mais gente. Buracos, lama, janelas abertas para ventilar e encher os pulmões de poeira ou respingos dos atoleiros, Pimenta Bueno até que já tinha alguma estrutura, mas Cacoal era apenas um lugarejo que até pouco tempo era chamada "Nova Cassilândia". Em Presidente Médici, que os moradores de Vila Rondônia (Ji-Paraná) chamavam pejorativamente de “pela jegue”, o ônibus parou na “rodoviária”, em realidade um boteco e de repente me vi em pleno far west.
            Dois camaradas chegaram montados a cavalo, ambos com revólveres nas cintas, chapelões, botas com esporas, amarraram os animais num poste ali em frente, entraram e ficaram bebericando. Pela reação das pessoas os caras deveriam ter fama, porque muitos arredaram para o lado para eles chegarem ao balcão.
            Creio que o motorista – àquela altura era a Viação Mota – entendeu que o melhor era cair fora, entrou no ônibus, buzinou, acelerou e em menos de um minuto quase uma centena de passageiros já estavam “acomodados”.

            Talvez ele tenha pensado dentro da ilógica de que “mais vale um covarde vivo do que um herói morto”. E vamos para Vila Rondônia, quase três horas nos 35 quilômetros.
(Uma das histórias do meu livro "A Cesta Página de um repórter de província" que deve ir para a gráfica ainda este mês)

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