segunda-feira, 17 de março de 2014

O DEPUTADO, O DEFUNTO E O POLICIAL

(Do livro "O Telefone de Deus", em fase de edição)

O deputado, representante de importante município da zona central 
do Estado na legislatura 1987/1991 vai saindo da Assembleia e um
assessor chega correndo.
“Deputado, morreu o fulano, daquela família amiga sua em Cacoal. O corpo 
está no Hospital de Base e querem que leve para enterrar lá”.
O deputado foi ao HB, mandou botar o corpo na caminhonete e seguiu pela BR-364.
Perto de Ariquemes foi parado pela Polícia Rodoviária. O guarda disse que não podia carregar o corpo ali, que tinha de ser em viatura própria, essas coisas. 
Argumenta dali, explica dali, mas o rodoviário não se abala: “É a lei”. 
Aí o deputado manda que os guardas, se o corpo não pode ir, tirem do carro e fiquem com ele. 
Acabou a confusão: os guardas decidiram que o deputado podia seguir em frente levando o corpo  na caminhonete mesmo.




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