TORCENDO PELO INIMIGO?
Lúcio Albuquerque
1958 – Decisão da Copa do Mundo no Estádio Råsunda, em Estocolmo, contra os donos da casa, a Suécia. Em Porto
Velho, àquela altura, a luz era deficiente e a transmissão a partir do local do
jogo oscilava muito e algumas vezes o som chegava truncado ou falhava, como se alguém
estivesse subindo e descendo uma ladeira.
Djalma Santos, Zito, Belini, Nílton Santos, Orlando e Gilmar;
Garrincha, Didi, Pelé, Vaavá e Zagalo - massagista Mário Américo - Brasil, campeão de 1958
A Suécia vinha de um empate e duas vitórias magras na
primeira fase e daí em diante chegara à final. O Brasil vinha de um empate
(0x0) com a Inglaterra, 2x0 contra a União Soviética e 3x0 contra a Áustria. Na
semi-final a Suécia batera ninguém menos que a Alemanha, campeã de 1954 e o
Brasil goleara a França por 5x2.
Um grupo reuniu-se no clube Bancrevea (onde agora é o
colégio Classe A – centro) e apesar da partida ter sido pela manhã, a turma
começou a bebemorar. Começa o jogo, a voz do locutor vai e volta e de repente, “GOL”.
Lógico que o grupo começou a comemorar, até porque pipocaram alguns foguetes.
5 minutos depois chega um membro atrasado do grupo: “Vocês
estão bêbados. Comemorando o gol da Suécia?”.
A turma não soube o que explicar. Mas não precisava porque
em seguida o Brasil empatou e finalizou ganhando de 5x2.
Eu não estava lá, mas minha fonte estava, o escritor,
jornalista e professor Esron Penha de Menezes, que ria muito todas as vezes que
contava a “barrigada”.
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