sábado, 22 de abril de 2017

ÍNDIO APRENDEU MALANDRAGEM DE BRANCO

         A extorsão já acontece há muito com o beneplácito de quem deve aplicar a Lei    

Para quem viaja pela BR-174, no sul rondoniense, não soou como novidade a notícia de que índios daquela região, estejam achacando motoristas e passageiros, agora com uma nova desculpa, a de estarem angariando fundos para uma suposta viagem a Brasília, para protestar contra mudanças na legislação Trabalhista.
         Há muitos anos, e bota tempo nisso, índios daquela região cobram pedágio a condutores de veículos e passageiros, sempre sob alegações as mais diversas, fato que não é possível que seja do desconhecimento das autoridades, inclusive com certeza das federais.
         Partindo do ponto de vista que índio – o da tribo, normalmente não trabalha com carteira assinada e até tem toda uma estrutura oficial de proteção etc (pode até não funcionar, mas está na Lei), é meio complicado entender o que um a delegação de 80 índios vai fazer em Brasília, afora que seja passear.
         Mas ao invés de produzir para alugar o veículo, ganhando do próprio suor os recursos necessários para tal, ou conseguir com uma das muitas entidades que dizem trabalhar em defesa dos indígenas, eles apenas repetiram o que fazem sempre – e não só ali, até porque na rodovia que liga Manaus a Roraima, uma tribo faz isso costumeiramente – e deram agora a desculpa de que é para fazer uma viagem alugando um ônibus.
         Não há dúvida: índio pratica a malandragem que viu branco usar, e, como o branco, sempre arrumando uma desculpa, apesar de, no caso da extorsão na BR-174, estarem infringindo a Constituição Federal no tocante ao direito de ir e vir, o que também fazem brancos e da mesma forma sem qualquer ação contrária de quem tem de fazer valer a Lei.
         E ninguém tenha dúvida: se um motorista ou quem quer que seja decidir não “contribuir” com a proposta dos índios, podem crer vai ter retaliação, e coitado do não índio que reagir, porque logo entes que alegam defender os grupos étnicos e os direitos humanos, logo vão se mobilizar, não pela prevalência da Lei, mas sim, contra quem se negar a pagar um “pedágio” cobrado numa estrada pública pelo qual quem está sendo extorquido já pagou, em forma de impostos. 

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RONDÔNIA

ANALFABETOS 11%. E OS "FUNCIONAIS"?

         A atual administração da Federação das Indústrias apresenta uma faceta interessante, e louvável, representada pela preocupação com a melhora da qualidade da Educação em Rondônia, mas não na construção de escolas como muitos gestores fazem, pensando tipo o paulista Ademar de Barros, para quem governar era “construir estradas”.
         O presidente Marcelo Thomé tem preferido nessa área da Educação, “construir estradas” abrindo debate sobre projetos do setor, conseguindo para tal a importante adesão de segmentos diversos.
         Agora a Fiero está apoiando outro projeto, sem qualquer dúvida muito importante, e cujo objetivo é zerar – seria melhor dizer “reduzir ao mínimo?” – o índice de analfabetismo no Estado, o programa “Rondônia Alfabetizado”. Segundo se anuncia, temos por aqui algo em torno de 11% de pessoas que se enquadram no perfil de não saberem ler, e é esse universo a que se destina  a proposta a que a Fiero está entrando.
         Aqui há uma questão que precisa ser entendida: diz-se “não alfabetizada”, a pessoa que não sabe ler. Mas como chamar àquelas que mesmo sabendo juntar as letras, formar as palavras, recitar frases, mas não conseguem entender o que repetem?
         Se considerarmos citações de diversos educadores, e não só de Rondônia, a chaga do analfabetismo é muito maior do que as estatísticas mostram. E os 11% daqui abaixo da realidade que se encontra na escola e na vida profissional.
         Recentemente uma importante figura da Educação em nosso Estado, professor da UNIR, disse com todas as letras que alunos de curso superior chegam à sala de aula e não são capazes de ler um texto sem gaguejar, ficando pior quando se pede que interprete.
         Esse grupo, formado pelos que são chamados “alfabetizados”, mas que não entendem e nem conseguem desenvolver um raciocínio em cima do que leram forma, com certeza, o que se chama de “analfabeto funcional” e é um contingente enorme tanto em nosso Estado quanto no restante do país.
         E a situação tende a ficar muito pior com as novas técnicas educacionais, ainda mais porque há estímulo para uso de “mídias” e do “control c”, control v” e aí, se não houver uma mexida real no que acontece agora, podem escrever, vai ficar cada vez pior.