sábado, 5 de maio de 2018

HOJE É DIA DE RONDON – QUEM SE LEMBRA DISSO POR AQUI?

HOJE É DIA DE RONDON – QUEM SE LEMBRA DISSO POR AQUI?


Lúcio Albuquerque, repórter

            Cinco de maio para o Estado de Rondônia deveria ter uma comemoração especial, uma espécie de mergulho em sua própria História. Mas o dia deverá ser apenas um sábado a mais na nossa vida, e, espero até que eu esteja errado, certamente ninguém – especialmente órgãos oficiais ou não ligados à História e à Cultura – vão realizar algum evento relativo ao 153º ano de nascimento do patrono Candido Mariano da Silva Rondon.
            Lembro que quando presidi a Academia de Letras de Rondônia realizamos um evento analisando a importância de Rondon para nós mesmos e para o país, além de uma releitura sobre a influência positivista na “Missão Rondon”, da mesma forma que também tratamos da missão científica que veio com ele.
            Mas Rondon não deve se sentir triste. Afinal, um Estado que esquece sua data maior, o 4 de janeiro, ou que nem discute a importância do Tratado de Petrópolis para que nós existíssemos, e cujos estudantes sabem muito mais da Etiópia ou da cultura africana do que de fatos e personagens importantes daqui, por que Rondon iria se preocupar?

            TAÍ! ENFIM UMA PROPOSTA DO TÓFOLI QUE EU APOIO

            Nunca imaginei que eu fosse um dia elogiar o trabalho do ministro Dias Tófoli. Mas tenho de fazer isso em razão da posição dele com relação ao fim do foro privilegiado, aprovado esta semana pelo STF, mas apenas para deputados e senadores – o que, sem qualquer dúvida, já é um avanço grande e pode abrir um espaço maior para o que o brasileiro quer que seja feito. Dar fim a esse absurdo que serve atualmente de abrigo legal (?) para que milhares de pessoas em cargos importantes continuem flauteando por aí, como inclusive o fazem alguns detentores de mandatos em Rondônia, como se nada devam à Lei é uma necessidade nacional.
            Tófoli disse ser preciso que a tal norma, que permite a impunidade   e abre portas para o aumento da criminalidade do colarinho branco no país, tenha um fim para todos os atualmente beneficiados por esse aborto (i) legal. Por isso a decisão do STF não pode ficar “pensa” e parecer que apenas interessa atingir um segmento dos muitos que tripudiam sobre o cidadão.
            A matéria deve atingir todos os segmentos, porque só assim poderemos imaginar que neste país todos sejam “iguais perante a Lei”, mas é preciso que se tenha atenção com as pressões e lobies que certamente sofrerão os juízes de primeira instância quando começarem a analisar processos de figurões, como temos aos montes na atual vida pregressa dos que têm débitos com a Justiça.
            Para que o país sinta que as coisas estão realmente mudando é preciso, por exemplo, que acabem com o festival de recursos às chamadas “instâncias superiores” que acabam embaralhando a aplicação da Justiça, fazem a alegria dos advogados e findam por causar o descrédito que, hoje, muitos brasileiros têm da Lei e do Judiciário.

SUGESTÃO DE LEITURA
O site da UOL apurou e denunciou ser mentira que a questão do Lula esteja sendo analisada por qualquer Corte Internacional, como o Tribunal de Haia, e também que, ao contrário do que foi noticiado por elementos ligados aos interesses de Lula, o jornal francês Le Monde não deu notícia do fato.
Confira em 

O dia na História – Rondônia
Dia 5 – 1865 – Nasce  em Mato Grosso o patrono do Estado Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (Marcos Teixeira e Dante Fonseca, História Regional – Rondônia)
Dia 5 – 2006 – O escritor Luiz Carlos Cavalcanti lança em Porto Velho o projeto “Leitura no Ônibus”, com tiragem de 10 mil exemplares, quinzenal e distribuição gratuita em locais diversos da cidade (Jornal Alto Madeiro – Coluna Ciro Pinheiro)
Dia 6 – Em 1907 – O periódico “Engineering News”, publicado nos EUA, noticia o embarque no navio “Grangrense”, de engenheiros e trabalhadores para a construção da Madeira-Mamoré (Manoel Rodrigues Ferreira,  A Ferrovia do Diabo).
Dia 6 – Em 2005 – A Assembléia Legislativa aprova a Lei Complementar 312, a Lei do Zoneamento Sócio-Econômico e Ecológico. Rondônia é o primeiro Estado a ter esse tipo de lei (Lúcio Albuquerque – Assembleia Legislativa, 20 anos da nossa história)

“Merda” foi a arma do atentado

            Seu Benu mandou lá do Valhalla um recorte de seu baú. “Você sabia que vereadores de Cerejeiras já foram vítimas de um atentado coletivo?”. Bom, eu nem ouvira falar, mas o velho bardo velhaserpense estava com uma amostra amais de seus arquivos implacáveis (apenas para lembrar: Seu Benu nasceu em Itacoatiara em 1913, e a cidade amazonense era chamada antes de “Velha Serpa”).
            “Quando eu era garoto minha mãe dizia que de bunda de menino e cabeça de político sai a mesma coisa”, continuou na mensagem psicografada via guru “Mineirinho”, “e pelo visto em Cerejeiras, conforme o jornal Estadão do Norte  (31.10.90) os edis sofreram um “atentado”.
            Terminada uma sessão onde, como faz grande parte de detentores de mandatos, “foi discutido o sexo dos anjos”, alguém untou de merda humana os carros, motos e bicicletas de todos os vereadores. Terminada a sessão, no estacionamento dos veículos não havia luz e os “nobres” literalmente “meteram a mão na merda”.
            Um dos vereadores se mostrava muito alegre com o aperreio dos colegas e alardeava que, por não ter carro, ninguém havia sujado nada dele. Mas ao chegar em casa e mete4r a mão na mochila, que sempre usava, em busca da chave, a maleta estava também cheia do “atentado”.  
O caso acabou virando uma galhofa, porque os vereadores decidiram contratar um psicólogo par traçar o perfil psicológico do (s) maníaco (s) e mandaram ofício até para o diretor geral da Polícia Federal Romeu Tuma para que fosse feito um inquérito.
Seu Benu concluiu. “No dia seguinte quando os vereadores acordaram encontraram em vários postes da cidade um cartas: “Cagada geral na Câmara”.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

ONDE O TELEFONE NÃO PARA – E NÃO É PARA DESEJAR FELIZ ANO NOVO

Lúcio Albuquerque, repórter

Minha intenção era neste primeiro dia do ano fazer uma mensagem desejando que, apesar dos desafios e da desconfiança, este ano de 2018 seja realmente um Feliz Ano Novo, do qual no dia 31 de dezembro próximo possamos, todos nós, dizer que tenha sido melhor do que 2017 – pior é difícil, mas, pelo visto há fortes sinais de que o “novo” pode superar o velho.
No entanto, alguns fatos que eu soube na noite do último dia do ano, de pessoas que considero muito bem informadas, fizeram com que eu transformasse a chamada “mensagem do Dia da Confraternização Universal” num apêndice deste comentário, e sinceramente o faço com tristeza.
E todos os casos envolvem a inação do poder público municipal, envolvendo  setores vitais: saúde mobilidade urbana e geração de empregos, justamente batendo de frente com o compromisso do prefeito Hildon Chaves do qual ouvi várias vezes, duas delas provocado por perguntas que fiz, sobre seus projetos, e em ambas, como em todas manifestações sobre tais assuntos, repetiu ele que teriam prioridade. Pelo visto, não. Ou, então o discurso esteja distante da realidade.
De uma pessoa ligada à área de geração de empregos ouvi a queixa de que uma empresa de grande porte, capaz de gerar de saída quase 100 empregos diretos (o que pressupõe em torno de 200 indiretos), estaria encontrando dificuldades para se instalar em razão de entraves burocráticos, apesar de ser um investimento representativo para a economia, tanto pelas vagas de trabalho quanto pelos impostos que pode gerar.
O último entrave teria sido na exigência do órgão municipal do trânsito querendo uma relação detalhada de todo o investimento, os custos de cada um deles, isso depois da empresa ter  recebido a informação do órgão de que estava toda a documentação certa. Explico: quem me falou isso não é nem de longe parte da empresa interessada, mas que tomou conhecimento e ficou revoltado. Eu também!
Na área de saúde a questão é o Samu, onde o telefone não para de tocar, mas muitos pedidos não podem ser atendidos porque faltam viaturas. Neste final de ano havia apenas duas disponíveis, uma delas do grupo “básico”, o que pode ser traduzido como de recursos mínimos. Às pressas outra havia sido consertada para dar atenção ao evento da virada do ano.
Ainda na área de saúde o “Ana Adelaide”, sem qualquer dúvida a grande referência de atendimento na capital, virou o ano  com falta d’água.
De quebra, moradores de zonas periféricas de Porto Velho reclamaram, em várias paradas de ônibus da cidade, que os coletivos estavam trafegando com frota mínima – a justificativa de que se tratava de um domingo não se sustentaria haja vista tratar-se de um domingo especial por ser uma das maiores festas da humanidade, o que leva a aumento da  mobilidade de usuários.
Ouvi, há dois meses ou um pouco mais, de um assessor próximo ao prefeito de que estava sendo dado um “choque de gestão” para fazer a máquina pública funcionar como deve. Pelo visto, e com certeza deve haver vários outros segmentos aqui não nominados, os problemas não estão só nesses nominados agora, para os quais só veja uma ação real, a do prefeito entender que “não só de ao vive o homem”.
Bom, só – como disse Geraldo Vandré – para “não dizer que não falei de flores”, meu sincero desejo de que o ano novo não seja feliz apenas pelas mensagens e que, realmente, cada um de nós, e os administradores públicos em particular, pratiquemos a máxima de que “falar é fácil (no caso, prometer que vai fazer e ficar só nisso), poirque fazer é que são elas.
            Inté outro dia, se Deus quiser!